Direto dos arquivos da Toca ES, um poema escrito por Alexandre Marreco.
Louvado Seja
Doce dama de Belfalas
Filha do Cisne e do Lamento
Criada como o mar,
Apesar dos cumes e abatimentos.
Pelas rédeas do Cavaleiro Destemido,
Foi bem-aventurada e venturosa
Descobrir o que nunca imaginara
Mesmo com dias além da conta.
Irmão da donzela Pelejeira,
Cuja mão não sucumbira
Sempre esteve em sua defesa
À toda hora e todo dia.
Esta ascendeu contra o Medo
E dele tirou a vida.
Com a ajuda de um pequenino
Armado com a lâmina antiga.
Ele desconhecia sua procedência,
Mas a bravura lhe foi bastante.
Para confiar na dádiva oferecida
Pela Senhora Exuberante.
Por ela se apaixonou outro
Também diminuto, mas brutamonte,
Para ela lhe abrandar
Bastou a mecha de sua fronte.
Ele muito aprendeu
Com o amigo inesperado.
Entre uma sociedade de companheiros
Teve o preconceito despedaçado.
Este era os olhos,
Enquanto os outros eram cegos.
Ainda era jovem,
Mas o segundo mais velho.
O primeiro não tem idade,
Pois antes do mundo não há contagem.
Este era a esperança da Companhia,
Enviada pelo Senhor das Ventanias.
Irmão da Água, da Terra e das Árvores,
Ele se uniu à Estrela para ver além-mares.
Todos irmãos de um filho sujo,
Filhos do Um, Senhor do Mundo.
Pai do Criador não há,
Mas o criador do Pai sempre esteve ali.
Em meio a tantos personagens,
Louvado seja J.R.R. Tolkien.